Assim como no método manual, que também apresenta as mesmas variações
decorrentes do protocolo utilizado, ou seja, número de centrifugações (normalmente duas, porém existem protocolos com uma e até 3 centrifugações), velocidade e tempo de centrifugação, além da forma de coleta do plasma (uso ou não do buffy-coat, que é a camada de células brancas).
Em relação aos métodos de avaliação destes estudos, normalmente utiliza-se a avaliação por questionário de auto-relato, sendo consideradas avaliações subjetivas devido à dificuldade de correta mensuração de dor ou mal-estar do paciente e mesmo compreensão correta das questões.
Desta forma, quando avaliamos um estudo de PRP, é muito importante verificar a
metodologia de preparo e caracterização do PRP, a qual deve conter número de plaquetas e leucócitos e quantificação dos fatores de crescimento, pelo menos. Posteriormente, verificar o protocolo de avaliação dos resultados, e sempre atentar para estudos com avaliações funcionais e uso de questionários, pois são mais fidedignos, apesar de sempre haverem viés.
Portanto, a avaliação de eficácia e segurança de uma terapia é um trabalho que
compreende muito estudo e experiência, sempre avaliando os trabalhos publicados com um olhar crítico e atenção aos importantes detalhes para definição de um modelo de estudo mais bem elaborado com objetivo de eliminar a maior quantidade de viés e encontrar respostas sobre sua real função em determinada doença.

Referências:
Marx RE . Platelet-rich plasma (PRP): what is PRP and what is not PRP? Implant
Dent. 2001;10(4):225-8.