
As células de defesa presentes no intestino são encontradas perto de micróbios e produzem agentes antimicrobianos. Assim, desempenham papéis importantes no controle do equilíbrio das diversas espécies de bactérias no hospedeiro. Outro fato é
que o exercício pode afetar a integridade da camada de muco no aparelho digestivo como um todo. Isso não apenas impede que alguns micróbios se prendam ao epitélio intestinal, mas também serve como substrato para bactérias específicas que geram efeitos benéficos e protetores ao corpo.
A atividade física de alta intensidade pode aumentar temporariamente a
permeabilidade intestinal e o contato entre micróbios e células imunes. Em
comparação com indivíduos sedentários, atletas de alta performance geralmente têm
níveis mais baixos de toxinas bacterianas em repouso e uma maior resposta da
proteína do choque térmico devido à atividade física intensa. Concentrações mais altas
desta proteína no intestino podem promover efeitos benéficos tais como a prevenção
da degradação de proteínas que mantêm a rigidez do epitélio intestinal.
Uma vez estabelecida esta relação de equilíbrio, a própria saúde do intestino se
fortalece e, por fim, fornece diversos benefícios secundários ao corpo de uma maneira
geral.
Referências:
Hoffman-Goetz, L., N. Pervaiz, and J. Guan. 2009. “Voluntary Exercise Training in Mice
Increases the Expression of Antioxidant Enzymes and Decreases the Expression of TNF-α in Intestinal Lymphocytes.” Brain, Behavior, and Immunity.
Mailing, Lucy J. et al. 2019. “Exercise and the Gut Microbiome: A Review of the Evidence,
Potential Mechanisms, and Implications for Human Health.” Exercise and Sport Sciences
Reviews.