Dor, segundo a Associação Internacional para o Estudo a Dor, é uma
experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante àquela
associada, a uma lesão tecidual real ou potencial. A dor é, portanto, uma das principais
causas de sofrimento físico experimentadas pelo ser humano.
Sabemos que a capacidade de sentir dor é algo fundamental para a
sobrevivência de qualquer espécie animal. A presença da dor sinaliza que algo está
errado. No caso dos animais, isso gera um comportamento protetor. No caso dos seres
humanos, além de gerar um comportamento protetor, nos leva a procurar ajuda.
Antes de mais nada devemos ressaltar que toda e qualquer dor é percebida
pelo cérebro. A informação da dor percorre vários caminhos até chegar nas estruturas
cerebrais que a percebem.
Os receptores de dor presentes na pele, articulações e músculos por exemplo,
são ativados por diferentes estímulos entre eles mecânicos (ex. cortes, batidas,
perfurações), térmicos (substâncias quentes, fogo) e químicos (subsâncias ácidas). O
papel dos receptores de dor é justamente transformar esses estímulos em estímulos
elétricos, pois somente os estímulos elétricos podem ser transportados pelos
neurônios. A essa transformação dá-se o nome de “tradução”.
A dor passa por diversas fases, sendo que na quarta fase o cérebro percebe a
dor propriamente dita. É aqui que sentiremos a dor em suas diversas características
como intensidade (fraca, moderada ou intensa), se a dor é em queimação ou tipo uma
pontada e a própria duração.
Depois que o cérebro interpreta a dor, ocorre o que chamamos de modulação
da dor. Impulsos nervosos são mandados de volta ao local da dor no sentido de
diminuir a sua intensidade. É como se o cérebro dissesse: “Já registrei que algo está
errado, agora podemos diminuir o sofrimento”. Infelizmente nem sempre o sistema
funciona de forma tão perfeita.
É importante diferenciar as dores agudas das crônicas. As dores agudas são
consideradas fisiológicas, como um sinal de alerta, da maior importância para a
sobrevivência. Tem duração limitada e passa assim que a causa for resolvida (ex.uma
dor resultante de um corte passa após a cicatrização).

Referências:
O. van Hecke, N. Torrance and B. H. Smith. Chronic pain epidemiology and its clinical
relevance. British Journal of Anaesthesia 111 (1): 13–18 (2013)
Dr. José Fábio Lana, MD
Orthopedic Interventional Pain Management
IOC - Instituto do Osso e da Cartilagem/ The Bone and Cartilage Institute
ORTHOREGEN INTERNATIONAL COURSE
Indaiatuba - São Paulo +55 19 3017 4366
Uberaba - Minas Gerais +55 34 3331 7777